O câncer ginecológico muitas vezes é silencioso e difícil de ser detectado, por isso é importante realizar consultas regulares para saber identificá-lo precocemente. Assim haverá maior eficiência no diagnóstico e no tratamento.
Vamos entender mais sobre os tipos de tumores mais recorrentes e conhecidos.
Tipos de câncer ginecológico
De colo de útero
No Brasil, é uma das maiores causas de morte, apesar da maior facilidade na detecção e prevenção. A infecção persistente pelo HPV é um dos principais fatores para o seu desenvolvimento.
De ovário
É mais difícil de ser diagnosticado. Entre os fatores de risco, considera-se:
- Idade superior a 40 anos;
- Histórico familiar;
- Não ter tido filhos ou ter sido mãe após os 30 anos;
- Uso contínuo de anticoncepcionais ou reposição hormonal.
De endométrio
É ocasionado, em boa parte, pela longa exposição ao hormônio estrogênio, produzido pelo próprio corpo ou recebido por terapia hormonal. Outros fatores incluem:
- Menstruação precoce;
- Menopausa tardia;
- Nunca ter engravidado;
- Idade avançada;
- Terapia hormonal para câncer de mama;
- Histórico familiar de câncer na região do útero e obesidade.
De vagina
É um tumor mais raro e a sua ocorrência pode estar associada ao HPV. Outros fatores de risco incluem:
- Histórico de lesões pré-cancerígenas;
- Antecedente de câncer cervical;
- Pessoas cujas mães usaram o dietilestilbestrol para prevenção de aborto durante a gestação;
- Múltiplos parceiros sexuais;
- Início da atividade sexual em idade precoce;
- Pessoas imunossuprimidas, tabagistas e que estejam acima de 60 anos.
De vulva
É bastante incomum, mas acomete predominantemente pessoas entre 65 e 70 anos, se apresentando como úlcera ou placa, normalmente se desenvolve de maneira lenta durante vários anos.
Os fatores de risco ainda são desconhecidos, mas o HPV é uma provável causa. Outros fatores identificados são:
- Pessoas imunossuprimidas, com histórico de lesões vulvares pré-cancerígenas ou lesões de pele envolvendo a vulva;
- Pessoas que tiveram câncer cervical prévio, tabagismo e idade avançada.
Vale prestar atenção em:
- Coceiras ou sensação de queimação na vulva;
Alguns sintomas que estão relacionados a câncer e podem indicar buscar um médico:
- Sangramento não relacionado à menstruação;
- Alterações de cor na pele e nódulos;
- Dor pélvica, dor ao urinar e desconforto durante relação sexual.
- Dor pélvica persistente, não restrita ao período pré-menstrual;
- Pressão abaixo do umbigo;
- Inchaço abdominal e flatulência;
- Dor lombar persistente e intensa;
- Sangramento vaginal anormal;
- Febre persistente;
- Dores de estômago ou alterações gastro-intestinais;
- Perda de peso acentuada sem dieta;
- Anormalidades na vulva e vagina, como bolhas, feridas ou alterações de cor;
- Fadiga.
A presença destes sintomas não indica necessariamente qualquer tipo de doença, mas é importante a investigação.
Tratamento e prevenção
O principal exame para confirmação do diagnóstico é a biópsia. Porém, outros exames clínicos e de imagem podem ser realizados. Tais como:
- Exame clínico reto-vaginal;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância nuclear magnética;
- Ultrassonografia;
- Exame de sangue;
- Histeroscopia;
- Colposcopia.
O tratamento adequado depende do estado da doença. As modalidades disponíveis são:
- Cirurgia,
- Radioterapia externa,
- Braquiterapia,
- Quimioterapia
- A combinação de duas ou mais modalidades.
Para prevenção, a consulta periódica com o ginecologista e a realização anual do preventivo são as mais indicadas, pois mantém o rastreamento regular de possíveis alterações.
Além disso, como o câncer de colo do útero está relacionado com o HPV, é recomendada a vacinação preventiva – preferencialmente antes do início das atividades sexuais, para as meninas e meninos.
Dr. Alexandre Pedrosa, coordenador do Centro de Cirurgia Ginecológica da Perinatal Laranjeiras – CRM 52.68414-7
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