Nascido depois de apenas 23 semanas de gestação e com 550g, Tomás passou sete meses internado na UTI Neonatal antes de conhecer seu lar, onde hoje vive com a mãe, Mayza. Devido a significativa imaturidade de seus órgãos, a equipe médica o manteve em uma incubadora umidificada, dentro da qual sobreviveu com ajuda de monitores e respiradores microprocessados.
Cardiopatia congênita: um em cada 100 bebês nasce com problemas no coração
A malformação do coração é responsável por quase 40% dos óbitos por anomalia congênita em bebês com menos de um ano. No Brasil, a cardiopatia atinge um em cada 100 recém-nascidos. A cirurgia para correção é extremamente delicada e exige médicos altamente especializados e equipamentos de ponta, procedimento que ainda não é amplamente realizado no Brasil.
Cirurgia cardíaca em bebês. Da complexidade das intervenções ao contato com a família
A cardiopatia congênita pode ser detectada ainda no útero materno. O diagnóstico precoce oferece aos pais a oportunidade de compreender sobre a patologia e se preparar para uma possível cirurgia, caso seja necessário. De acordo com a Dra. Sandra Pereira, coordenadora de cirurgia cardíaca da Perinatal, existem mais de 40 tipos de malformações no coração, e o trabalho de uma equipe médica, começa muito antes de uma intervenção propriamente dita.
PRIMEIRA CIRURGIA DE MIELOMENINGOCELE INTRAUTERINA NO RIO
“Eu estava na 15ª semana de gravidez quando meu médico em Jacarezinho, no Paraná, percebeu algo diferente no cérebro do bebê e pediu para refazermos o ultrassom. Então, com 18 semanas, fizemos o morfológico, que detectou que a coluna estava aberta. Eu comecei a chorar.