A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias – tanto maternas como fetais – permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.
Informações sobre diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde, pois é a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação.
O que deve ser fornecido pelo serviço de saúde durante o pré-natal?
- Cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação;
- Calendário de vacinas e suas orientações;
- Solicitação de exames de rotina;
- Orientações sobre participação em atividades educativas;
- Agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.
Quais são as vantagens do pré-natal?
- Identificar doenças que já estavam presentes no organismo. Seu diagnóstico permite tratamentos que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida;
- Detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento intrauterino;
- Avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado;
- Identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arterial e comprometimento da função renal e cerebral.
- Avaliar durante toda a gestação os fatores de risco para hemorragia, hipertensão arterial e infecção que são as três complicações mais graves no puerpério.
Quais os principais objetivos do pré-natal?
- Preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da criança;
- Fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;
- Orientar sobre o estado nutricional apropriado;
- Orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto;
- Tratar das manifestações físicas próprias da gravidez;
- Tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom andamento da gravidez;
- Fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela;
- Orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;
- Nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação à dieta, higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras eventuais orientações que se façam necessárias;
- Desconstruir conceitos equivocados tanto sobre o parto normal quanto à cesariana, ajudando assim a mulher a ter maior segurança emocional para aguardar o momento do seu parto.
A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e nascimento humanizados e pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e, compreende:
- Parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem conduzido, não precisa de condutas intervencionistas;
- Respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais;
- Disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros temores;
- Promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento;
- Informação e orientação permanente à gestante sobre a evolução do trabalho de parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor;
- Espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a gestante deseje;
- Direito da mulher na escolha do local de nascimento e corresponsabilidade dos profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde.
Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
Dr. Paulo Marinho, Gerente do setor de Obstetrícia da Perinatal – CRM 52476229
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