A Síndrome de Burnout, também conhecida por “esgotamento profissional”, é um estado de estresse extremo e crônico, normalmente provocado por sobrecarga ou excesso de trabalho.
Causas
● Cobrança e responsabilidade excessivas;
● Longas jornadas e muito volume de trabalho;
● Pressão constante;
● Contato excessivo com o público;
● Conflito com colegas de trabalho;
● Pouco repouso;
● Trajeto muito longo até o trabalho.
A intensidade das situações pode fazer com que a mente reaja às adversidades de maneira prejudicial.
Uma única experiência reprimida se torna um gatilho para o surgimento de um transtorno emocional, que pode levar a desdobramentos sérios e exige atenção, com um tratamento adequado.
Sintomas
Os sintomas são físicos e emocionais e um dos mais frequentes é a sensação constante de exaustão. Confira outros sinais:
Sintomas físicos
● Dor de cabeça ou enxaqueca;
● Transpiração constante;
● Fadiga;
● Pressão alta ou alteração dos batimentos cardíacos;
● Dor muscular;
● Problemas gastrointestinais;
● Dificuldade em respirar;
● Alergia e coceira crônica na pele.
Sintomas emocionais
● Depressão;
● Ansiedade;
● Desânimo acentuado;
● Dificuldade de sentir prazer e de raciocinar;
● Irritabilidade;
● Preocupação constante;
● Alterações do sono;
● Sentimento de incapacidade ou inferioridade;
● Falta de motivação e de criatividade.
Esses sintomas são sinais enviados pelo cérebro para que a pessoa saia deste estado de estresse, como uma forma de sobrevivência. Negligenciar a saúde e o autocuidado em prol do trabalho também são sinais de que algo não está certo.
Ou seja, precisamos “ouvir nosso corpo” e não ignorar os sinais visíveis. O Burnout não costuma ser silencioso, por isso precisamos estar atentos ao nosso corpo e estado emocional.
Diagnóstico
A análise deve ser feita por um especialista em saúde mental, como psicólogos ou psiquiatras. Após sessões clínicas, ele poderá inferir sobre o diagnóstico a partir de fatores como a intensidade dos sintomas e o quão incapacitante está sendo a condição.
Lidando com o estresse
O principal agente causador da Síndrome de Burnout é o estresse constante. Entretanto, a linha entre eles é tênue. Diferente do estresse, o Burnout deixa a pessoa incapacitada, levantar-se da cama, por exemplo, se torna um desafio.
A estafa mental também surge neste período, afetando a memória e o bem-estar.
Uma dica importante é notar a durabilidade dos sintomas: quando se está mentalmente instável, as sensações negativas são persistentes e se intensificam com o tempo. Já em um caso de estresse habitual, é possível sentir uma aflição pontual, que logo é esquecida.
Tratamento
A Síndrome de Burnout é gerada pelas condições de trabalho, portanto, pode ser considerada como uma doença ocupacional. Esta condição pode resultar no afastamento do trabalhador pelo período que for necessário.
Em estágios iniciais, é possível se recuperar afastando-se do trabalho por alguns dias e buscando refletir sobre forma de lidar com ele. Focar na realização do que te dá prazer é essencial durante esse período.
Já em casos mais graves, algumas pessoas podem precisar ficar afastadas de suas atividades por mais tempo e precisar de acompanhamento multiprofissional constante e intensivo.
Em todos os casos, a psicoterapia é necessária. O trabalho deverá ser feito co objetivo de autoconhecimento para que a pessoa possa buscar uma nova forma de lidar com o trabalho, com suas relações interpessoais e responsabilidades, sempre considerando seus limites pessoais.
O uso de antidepressivos e ansiolíticos também pode ajudar. Muitas vezes, o estresse constante pode desregular a química do cérebro e os medicamentos ajudam nesse processo.
Mudar hábitos e incluir mais momentos de felicidade na rotina também fazem parte do tratamento e prevenção da Síndrome.
Prevenção
É possível mudar alguns hábitos para descansar a mente. Um deles é dormir bem e ter um período dedicado ao descanso todos os dias. Depois, comece a praticar hobbies ou quaisquer atividades que tirem o foco do trabalho, ou seja, estar atento à sua qualidade de vida.
Helena Aguiar, psicóloga da Perinatal – CRP 33380 05
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