O PAPEL DAS ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS NO TRABALHO DE PARTO

Presença fundamental na assistência ao parto, as enfermeiras obstétricas atuam oferecendo suporte às gestantes durante todo tempo. Elas também são, e foram, parte importante na propagação do termo “parto humanizado”, que, de acordo com a Amanda Corrêa, enfermeira obstétrica da Perinatal, nada mais é que o respeito pelo momento da mulher e a sua individualidade. “Não tem a ver com o parto normal, somente. Se houver empatia e compreendermos que aquele instante é único e especial para aquela família, se houver informações, cuidado, respeito às decisões, ao afeto e amor que ali está sendo gerado, então temos um parto humanizado. E isso deve ser feito também nas cesáreas”, conta.

As enfermeiras obstétricas são o apoio da gestante no trabalho de parto, principalmente quando a escolha é o parto normal. Esse suporte é crucial para que a mulher fique a vontade. “Além de toda técnica, temos o olhar cuidadoso da enfermagem em descobrir o que a gestante precisa naquele momento para se sentir segura e confiante. O trabalho de parto é um processo intenso e cada mulher é única. Nosso papel é dar suporte emocional e nutrir esse casal de informações”, conta Amanda.

A atuação, como Amanda diz, se estende ao tema “dor”. Nesse momento a parte técnica é a peça chave para que a gestante se sinta melhor. De acordo com a enfermeira obstétrica da Perinatal, as tecnologias não farmacológicas oferecidas, são opções que promovem alívio da dor das contrações e conforto da mulher. “Estudos científicos mostram o benefício de cada tecnologia no alívio da dor, a água quente, por exemplo, é uma grande aliada durante as contrações, oferecemos bolsa de água quente, banho no chuveiro ou na banheira”. A profissional explica que a aromaterapia, feita com óleos essenciais, tem o poder de acalmar, relaxar e manter um bom ritmo das contrações. “Podemos usá-los em massagens, escalda pés, inalação, as pacientes adoram! É claro, que seu uso só pode ser feito por quem sabe dos efeitos e manipulação dos óleos. Cada fase do trabalho de parto pede uma tecnologia diferente. A grande sacada é perceber o que cada mulher precisa em cada momento”.

Antes do parto, elas também têm a preocupação em monitorar os batimentos do bebê e a evolução do trabalho de parto, prezando pelo bem estar materno e fetal. “Priorizamos o protagonismo da mulher, ela que é a estrela principal nesse cenário. O nosso trabalho é complementar ao do obstetra, atuando em conjunto, em prol do melhor para a parturiente. É importante garantir à mulher a liberdade de movimento e de posição para parir”, explica Amanda.

Após o nascimento, devemos nos empenhar para que a “Hora de Ouro” se concretize. O método incentiva o aleitamento materno e aumenta o vínculo mãe-bebê.  É o primeiro contato do bebê com a mãe. Nesse momento a primeira mamada acontece. “Depois do parto é liberada uma cascata de hormônios, que serão fundamentais na amamentação. O aleitamento materno deve ser estimulado para que o bebê seja familiarizado ao seu novo alimento. Para a mulher, a hora de ouro é o troféu! É quando ela recebe o prêmio de todo o trabalho árduo que teve até ali”. Amanda explica que os benefícios da Hora de Ouro são inúmeros. “Quando o bebê nasce e vai direto para o colo da mãe ele mantém a sua temperatura corporal, ajudando assim na sua adaptação fora do útero. Por conta do contato ‘pele a pele’, o bebê é colonizado pelas bactérias da pele da mãe, trazendo a sua primeira proteção”, explica.

Segundo Amanda, a decisão na escolha do parto deve ser avaliada junto com o médico, mas sempre baseada em muitas informações. “Pesquise bem sobre os tipos de parto, leia relatos de parto normal, leia livros sobre a fisiologia do parto normal, sobre a importância dos hormônios maternos para o desenvolvimento do bebê. Escolha bem a sua equipe, peça indicações, participe de rodas de conversa”, finaliza.

Diretor Técnico Médico:
Dr. José Maria de Andrade Lopes
CRM 226222 RJ

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