Integrante da equipe de enfermagem da Perinatal, Neuma Xavier foi afastada do trabalho devido à gravidez assim que o período de quarentena começou. As gestantes compõem o grupo de risco para todas as doenças infecciosas, inclusive a Covid-19. Mesmo com os cuidados tomados, contraiu Coronavírus no periodo final da gestação, em circunstâncias desconhecidas, já que cumpriu todos os protocolos a partir de seu afastamento. “Recomendei isolamento em casa, evitando contato próximo com sua filha mais velha e seu esposo, observação de sinais de gravidade e avaliação da movimentação fetal. Sugerimos que não recebesse visitas e mantivesse contato com familiares por chamada de vídeo e telefonemas.”, conta a Dra. Roberta Fernandes, obstetra que acompanhou Neuma desde o início da gestação.
Devido ao agravamento do quadro, Neuma sentiu falta de ar e precisou, no dia quatro de abril, se internar às pressas na UTI da Perinatal, onde ela e o feto corriam risco de vida. Depois de 12 dias, durante os quais respirou com ajuda de equipamentos e esteve sem qualquer contato com sua filha mais velha e com o marido, entrou em trabalho de parto prematuramente. O parto ocorreu por Cesária como queria a paciente, que se encontrava em dilatação vaginal avançada e contrações regulares e dolorosas. “Como apresentava bom estado clinico e avaliação do bem estar fetal tranquilizadora, poderia escolher a via de parto”, explica Dra. Roberta.
Na sala de parto, a equipe médica era composta por obstetra, auxiliar, anestesista, pediatra e técnica de enfermagem. O marido não participou do parto, pois a paciente sofria com dilatação avançada e não desejou aguardá-lo chegar à maternidade. Desejava cesariana o quanto antes. Segunda filha de Neuma, Bella nasceu depois de x meses de gestação e precisou de quatro dias na UTI neonatal para ganhar peso antes de poder receber o leite diretamente da mãe. “Fiquei muito feliz com a alta das duas, em bom estado de saúde. Orientei ela a manter os cuidados de higiene das mãos e uso de máscara, inclusive para amamentar. Sou grata à Perinatal Barra pela excelente estrutura física e por ter uma equipe capacitada e acolhedora, que cuidou tão bem da minha paciente”, conta orgulhosa a obstetra.
Algumas semanas após, quando a paciente chegava ao oitavo mês, Dr. Renato Sá, obstetra e Coordenador Geral do Centro de Diagnóstico da Perinatal, estava preparado para realizar o procedimento de retirada do balão, porém Lidiane havia testado positivo para o SARS-CoV-2. Neste mesmo período houve a ruptura espontânea da bolsa d’água, fazendo com que o balão precisasse ser removido com urgência. O procedimento remoção do balão foi realizado seguindo todo o protocolo de assistência à hérnia diafragmática e ao COVID-19. O caso necessitava de muitos cuidados. “O risco para o bebê era altíssimo, primeiro pela hérnia, depois pela rotura da bolsa e também pela COVID. Conduzimos Lidiane à área de isolamento semi-intensiva, onde a manteve em observação até o parto”, explica Dr. Renato.
Ansiosa e apreensiva com a saúde do seu bebê, Lidiane se manteve em observação durante quatro semanas. Assintomática, a paciente foi mantida isolada nesse período, recebendo todos os cuidados médicos necessários. Quase um mês depois, passado o risco da COVID-19, o parto foi realizado, pela Dra Carolina Mocarzel – médica assistente. O tão esperado Arthur nasceu em condições tão boas que surpreenderam até a equipe médica, tendo sido antecipada a correção pós-natal da hérnia pela equipe do Dr Nicanor. De acordo com Dr. Renato, o bebê evoluiu muito bem no pós-operatório na UTI neonatal, a despeito da gravidade da hérnia diafragmática. “Arthur foi acompanhado na UTI Neonatal, onde a equipe médica observou sua evolução progressiva, até que a capacidade respiratória estivesse plena”, conta o médico. Para ele, a alta foi um momento de grande satisfação para todos. “Sem dúvida esse caso foi um sucesso”, finaliza.
Dr. Renato Sá, responsável pela obstétrica da Perinatal
CRM 5251923-2
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